terça-feira, 5 de maio de 2015

Ensinar pode ser perigoso...

Não é de hoje que o país enfrenta sérias dificuldades com a educação. Escolas precárias, péssimas infraestruturas, salários que não fazem jus ao que um professor representa na formação de um cidadão e de uma sociedade.
Atualmente passamos por um momento de recessão em nosso país, a economia vai de mal a pior e cortes estão sendo feito para tentar colocar o país nos trilhos. Porém o mais engraçado, é que esses cortes são feitos em bases que não deveriam ser mexidas se não fosse para melhor, mas acontece o oposto: corte de verbas para as universidades, sem dinheiro para manter o FIES - como afirmou o próprio Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro -, sem falar da falta de investimentos no setor, principalmente em áreas menos visadas em nosso país, a situação é caótica.
Recentemente, vimos que os professores do Paraná estão em greve e realizando manifestações pois são contra a uma mudança no sistema de previdência dos servidores do Estado, que diminui a condição de pagamento aos servidores de 57 para 29 anos, especialistas afirmam que a mudança coloca em risco a aposentadorias do servidores, já a oposição nega, dizendo que isso jamais aconteceria. Mais um exemplo que para colocar o país nos trilhos, eles mexem em lugares que deveriam ser cada vez mais estimulado e não prejudicado.
Muitos professores dão aulas em escolas feitas de barro, de pau a pique, com nenhuma condição humana de trabalho, apenas com a vontade e com o amor pelo que fazem e para dar esperança as crianças que ali estão, crianças essas que em muitos casos não tem merenda, não tem dinheiro para o uniforme, para o material, sem qualquer amparo e qualquer condição de enxergar um futuro naquele chão de terra, naquela lousa que quase não se escreve mais ou naquela cadeira que se divide com o colega para que todos possam se sentar e assistir a aula de um mestre que ali está perante todas as dificuldades, resistindo com muita determinação e tentando ao máximo ajudar essas crianças, muitas vezes tirando do que não tem e contando com a colaboração da população para que no dia seguinte possa ter aula e possa ter esperança de um novo dia. Será mesmo que a educação precisa de cortes ou precisa de ajustes?
Aqui os professores não são tratados com o devido respeito que merecem e merecem muito, pois são perigosos demais aos olhos de quem comanda o País, ensinar o povo a pensar e construir uma sociedade participativa é mais perigoso que agir com violência.

Minha solidariedade à todos os professores do nosso País!